Energias renováveis podem substituir o petróleo?
Sem investimentos em fontes limpas, a dependência do petróleo aumenta os eventos climáticos extremos no planeta.
O mundo está cada vez mais consciente da gravidade da crise climática. Eventos extremos, como enchentes, secas e ondas de calor, aliados aos alertas constantes de organizações internacionais, reforçam uma urgência de ação para conter o aquecimento global. Esse aumento na temperatura está diretamente relacionado às emissões de gases de efeito estufa, principalmente o CO₂ e o metano, que são liberados por atividades como desmatamento, uso de combustíveis fósseis e processos industriais.
Os maiores emissores globais, como China, Estados Unidos, Índia, União Europeia, Rússia e Brasil, enfrentam o desafio de reduzir suas emissões para cumprir as metas do Acordo de Paris: limitar o aquecimento a 1,5°C e zerar as emissões líquidas até 2050. Apesar dos avanços, como a triplicação da geração de energias renováveis acordada na COP 28, a transição energética ainda caminha de forma lenta, especialmente em países em desenvolvimento.
Projeções da Agência Internacional de Energia mostram que, mesmo com esforços significativos, o petróleo continuará sendo uma fonte relevante até 2050. Embora o consumo de derivados de petróleo deva cair drasticamente, eles ainda responderão por 67% à demanda de combustíveis em meados do século. Isso ocorre porque a transição energética depende de investimentos robustos e de transferências de tecnologia dos países ricos para os mais pobres, algo que ainda avança de maneira desigual.
Os avanços em energias renováveis, biocombustíveis e hidrogênio são promissores, mas insuficientes diante da gravidade da crise. Se as emissões não forem reduzidas drasticamente nas próximas décadas, o mundo poderá enfrentar um aumento de até 3,1°C na temperatura média até o final do século, cenário que intensificará desastres climáticos e impactos irreversíveis.
Portanto, a mensagem é clara: é necessário acelerar a transição energética global, aumentar os investimentos em fontes limpas e fomentar a cooperação internacional. O custo de não agir será, sem dúvida, muito maior que o esforço necessário para mudar a trajetória atual.
— Indústria Flix News
Fonte: jota.info