A indústria da cana-de-açúcar brasileira enfrenta um cenário de desafios climáticos marcados por queimadas que já atingiram mais de 390 mil hectares, causando uma queda estimada de até 15% na produção e prejuízos superiores a R$ 2,5 bilhões. Ainda assim, as expectativas para o futuro são otimistas, impulsionadas por inovações tecnológicas e pelo papel crescente da bioenergia na matriz energética do país.

De acordo com Luciano Rodrigues, diretor da UNICA, a bioenergia já representa 20% da matriz energética brasileira, com a cana-de-açúcar como um dos principais pilares desse setor. Ele destaca que a produção de biocombustíveis, como o Combustível Sustentável de Aviação (SAF), aliada ao uso de tecnologias avançadas como inteligência artificial e variedades transgênicas, tem potencial para dobrar a produtividade nos próximos 20 anos, sem ampliar áreas de cultivo.

A mecanização já é uma realidade em 93% das operações no Centro-Sul, enquanto no Nordeste, avanços tecnológicos ainda são necessários para superar limitações de relevância. Além disso, a indústria aposta em soluções sustentáveis, como a geração de energia a partir de bagaço e palha, biogás e hidrogênio verde.

“O Brasil tem um enorme potencial para crescer de forma sustentável, mantendo o compromisso com a descarbonização e liderando a transição energética global”, afirma Rodrigues. Mesmo com os impactos imediatos das queimadas, o setor acredita em um futuro promissor, guiado pela inovação, eficiência e sustentabilidade.

— Indústria Flix News

Fonte: dinheirorural.com.br